a) — Entretanto, há espécies de seres vivos, animais e plantas, cuja reprodução indefinida seria nociva a outras espécies, e da qual o próprio homem acabaria por ser vítima. Pratica ele ato repreensível, impedindo essa reprodução?
“Deus concedeu ao homem, sobre todos os seres vivos, um poder de que ele deve usar, sem abusar. Pode, pois, regular a reprodução, de acordo com as necessidades; não deve, porém, opor-lhe obstáculos desnecessariamente. A ação inteligente do homem é um contrapeso que Deus dispôs para restabelecer o equilíbrio entre as forças da natureza, e é ainda isso o que o distingue dos animais, porque ele obra com conhecimento de causa. Mas os próprios animais também concorrem para a existência desse equilíbrio, porquanto o instinto de destruição que lhes foi dado faz com que, provendo à própria conservação, obstem ao desenvolvimento excessivo, quiçá perigoso, das espécies animais e vegetais de que se alimentam.”